
Como ensinar as crianças a lidar com frustração (sem recompensas nem castigos)
“Quero ir no escorrega! Agora!” — o lado B das férias perfeitas
As férias prometem sol, gelados e gargalhadas.
Mas também trazem areia no chinelo, filas no parque aquático, irmãos a discutir o lugar no carro, e aquela birra estrondosa no restaurante porque o prato veio com molho.
Mesmo os momentos mais esperados podem ser palco de frustrações.
E por mais que nos custe, a verdade é que:
- Frustração faz parte.
- Gritar, bater ou chorar são tentativas (mal adaptadas) de lidar com ela.
- E a nossa presença é a bússola emocional que eles precisam.
Por que é que as férias têm mais birras do que o habitual?
Porque há:
- Mais liberdade: menos horários = mais incerteza.
- Mais estímulos: barulho, calor, pessoas, cansaço.
- Mais expectativas: todos querem “divertir-se muito”.
E muitas vezes, por trás daquela explosão, está uma criança a tentar dizer: “Estou cansado, frustrado, confuso… e não sei o que fazer com isto.”
3 formas conscientes de lidar com frustrações nas férias
1. Nomeia a emoção antes de resolver o problema
Exemplo: Na praia, o balde azul ficou com outra criança.
Gritos, lágrimas, areia no ar.
Em vez de “Pára já com isso!”, experimenta:
“Estás mesmo zangado porque querias o balde azul, certo?”
Nomear emoções é um passo poderoso: permite à criança sentir-se compreendida, mesmo sem conseguir expressar-se bem.
E só depois de se sentir vista… é que pode ouvir.
2. Liberta a energia — com o corpo em movimento
Exemplo: No parque, a fila é longa e a criança começa a resmungar: “Nunca mais chega a nossa vez!”
Em vez de ralhar ou ligar o tablet:
“Vamos saltar 10 vezes até ao número 10! Preparado?”
Correr até à toalha, fazer corridas às ondas ou soprar “a raiva” como um balão invisível são formas simples (e eficazes) de ajudar a descarregar tensão.
Frustração vive no corpo — e precisa de movimento para sair.
3. Envolve a criança na solução
Exemplo: O gelado caiu ao chão. Primeiro instinto? Comprar outro.
Mas e se perguntasses:
“Foi mesmo chato… o que achas que podemos fazer agora?”
Talvez ela diga:
“Quero um pedaço do teu.” ou “Vamos imaginar que era um gelado mágico!”
Dar este pequeno espaço para escolher ou sugerir algo é, na prática, ensinar autonomia emocional.
Mesmo sem o gelado — a criança sente que tem agência.
As férias também ensinam
Entre passeios, filas e mergulhos, o verão traz um terreno fértil para desenvolver competências essenciais para o futuro:
- Tolerar a frustração.
- Regular emoções fortes.
- Encontrar soluções com criatividade.
E tudo isto pode ser ensinado sem prémios nem castigos — só com presença, escuta e pequenas escolhas.
E se existisse uma forma leve de cultivar estas aprendizagens em família?
Para quem quer transformar os desafios das férias em oportunidades de crescimento, existe uma ajuda simples, lúdica e mágica: o baralho Heróis do Amanhã.
São 48 cartas ilustradas, cada uma com uma competência essencial para o futuro — da empatia à resiliência, da escuta à criatividade.
Ao jogar em família ou com amigos, as crianças desenvolvem estas competências enquanto se divertem e se conectam com quem mais importa.
Mais do que um jogo, é uma experiência que transforma momentos comuns — como a espera num restaurante ou o final de um dia de praia — em aprendizagens extraordinárias.
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